Não entendem

 

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“Querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o
que dizem nem o que afirmam.” Paulo (I Timóteo, 1:7)

Em todos os lugares surgem multidões que abusam da palavra. Avivam-­se discussões destrutivas, na esfera da ciência, da política, da filosofia, da religião. Todavia, não somente nesses setores da atividade intelectual se manifestam semelhantes desequilíbrios. A sociedade comum, em quase todo o mundo, é campo de batalha, nesse
particular, em vista da condenável influência dos que se impõem por doutores em
informações descabidas. Pretensiosas autoridades nos pareceres gratuitos, espalham
a perturbação geral, adiam realizações edificantes, destroem grande parte dos
germens do bem, envenenam fontes de generosidade e fé e, sobretudo, alterando as
correntes do progresso, convertem os santuários domésticos em trincheiras da
hostilidade cordial. São esses envenenadores inconscientes que difundem a desarmonia, não entendendo o que afirmam. Quem diz, porém, alguma coisa está semeando algo no solo da vida, e quem determina isto ou aquilo está consolidando a semeadura. Muitos espíritos nobres são cultivadores das árvores da verdade, do bem e
da luz; entretanto, em toda parte movimentam-­se também os semeadores do
escalracho da ignorância, dos cardos da calúnia, dos espinhos da maledicência. Através deles opera-se a perturbação e o estacionamento. Abusam do verbo, mas pagam a leviandade a dobrado preço, porquanto, embora desejem ser doutores da lei
e por mais intentem confundir-lhe os parágrafos e ainda que dilatem a própria
insensatez por muito tempo, mais se aproximam dos resultados de suas ações, no
círculo das quais essa mesma lei lhes impõe as realidades da vida eterna, através da
desilusão, do sofrimento e da morte.

Vinha de Luz – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

Aproveitamento

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“Medita estas coisas; ocupaste nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” Paulo (I Timóteo, 4:15)

Geralmente, o primeiro impulso dos que ingressam na fé constitui a
preocupação de transformar compulsoriamente os outros. Semelhante propósito, às vezes, raia pela imprudência, pela obsessão.

O novo crente flagela a quantos lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando idéias alheias e violentando situações, esquecido de que a experiência da alma é laboriosa e longa e de que há muitas esferas de serviço na casa de Nosso Pai. Aceitar a boa doutrina, decorar lhe as fórmulas verbais e estender lhe os preceitos são tarefas importantes, mas aproveitá-la é essencial. Muitos companheiros apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo, estão sempre inclinados a rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminho da crença. Não toleram pequeninos aborrecimentos domésticos e mantêm verdadeiro jogo de máscara em todas as posições.

A palavra de Paulo, no entanto, é muito clara.

A questão fundamental é de aproveitamento.

Indubitável que a cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao
seguro ministério do bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do
crente ambiciona a santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da
vida, é indispensável se ocupe nas coisas sagradas do espírito, não por vaidade, mas
para que o seu justo aproveitamento seja manifesto a todos.

Vinha de Luz – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

Padrão

caminho

“Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.”
(Atos, 11:24)

Alcançar o título de sacerdote, em obediência a meros preceitos do mundo, não representa esforço essencialmente difícil. Bastará a ilustração da inteligência na
ordenação convencional. Ser teólogo ou exegeta não relaciona obstáculos de vulto. Requeresse
apenas a cultura intelectual com o estudo acurado dos números e das letras. Pregar a doutrina não apresenta óbices de relevo. Pedese tão­ só a ênfase
ligada à correta expressão verbalista. Receber mensagens do Além e transmiti­las a outrem pode ser a cópia do
serviço postal do mundo. Aconselhar os que sofrem e fornecer elementos exteriores de iluminação
constituem serviços peculiares a qualquer homem que use sensatamente a palavra. Sondagens e pesquisas, indagações e análises são velhos trabalhos da
curiosidade humana. Unir almas ao Senhor, porém, é atividade para a qual não se prescinde do
apóstolo.Barnabé, o grande cooperador do Mestre, em Jerusalém, apresenta as linhas
fundamentais do padrão justo. Vejamos a aplicação do ensinamento à nossa tarefa cristã. Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar a
fenomenologia, mas para imantar corações em Jesus Cristo é indispensável sejamos
fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o
coração inflamado na fé viva. Barnabé iluminou a muitos companheiros “porque era homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé”. Jamais olvidemos semelhante lição dos Atos. Trata ­-se de padrão que não
poderemos esquecer.

Vinha de Luz – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier