Compreensão

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“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.” – Paulo (I Coríntios, 13:1.)

Parafraseando o Apóstolo Paulo, -nos-á lícito afirmar, ante as lutas renovadoras do dia-a-dia:

– se falo nos variados idiomas do mundo e até mesmo na linguagem do Plano Espiritual, a fim de comunicar-me com os irmãos da Terra, e não tiver compreensão dos meus semelhantes, serei qual gongo que soa vazio ou qual martelo que bate inutilmente;

– se cobrir-me de dons espirituais e adquirir fé, a ponto de transplantar montanhas, e não tiver compreensão das necessidades do próximo, nada sou;

– e se vier a distribuir todos os bens que acaso possua, a benefício dos companheiros em dificuldades maiores que as nossas, ou entregar-me à fogueira em louvor de minhas próprias convicções, e não demonstrar compreensão, em auxílio dos que me cercam, isso de nada me aproveitaria.

A compreensão é tolerante, prestimosa, não sente inveja, não se precipita e não se ensoberbece em coisa alguma. Não se desvaira em ambição, não se apaixona pelos interesses próprios, não se irrita, nem suspeita mal. Tudo suporta, crê no bem, espera o melhor e sofre sem reclamar. Não se regozija com a injustiça e, sim, procura ser útil, em espírito e verdade.

De todas as virtudes, permanecem por maiores a fé, a esperança e a caridade; e a caridade, evidentemente, é a maior de todas, entretanto, urge observar que, se fora da caridade não há salvação, sem compreensão a caridade falha sempre em seus propósitos, sem completar-se para ninguém.

Ceifa de Luz – Francisco Cândido Xavier, Pelo Espírito Emmanuel

Em nossas mãos

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“Venha a nós o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos céus.” – Jesus (Mateus, 6:10.)

Convence-te de que as Leis da Divina Sabedoria não se enganariam.

Situando-te na terra, por tempo determinado, com vistas ao próprio burilamento que te cabe realizar, trazes contigo as faculdades que o senhor te concedeu por instrumentos de trabalho.

Encontras-te no lugar certo em que te habilitas a desempenhar os encargos próprios.

Tens contigo as criaturas mais adequadas a te impulsionarem nos caminhos à frente.

Passas pelas experiências de que não prescindes para a conquista da sublimação que demandas.

Recebes os parentes e afeições de que mais necessitas para resgatar as dívidas do passado ou renovar-te nos impulsos de elevação.

Vives na condição certa na qual te compete efetuar as melhores aquisições de espírito.

Sofres lutas compatíveis com as tuas necessidades de conhecimento superior.

Vários acontecimentos dos quais não se te faz possível a desejada liberação, a fim de que adquiras autocontrole.

Atravessas circunstâncias, por vezes difíceis, de modo a conheceres o sabor da vitória sobre ti mesmo.

E em qualquer posição, na qual te vejas, dispões sempre de certa faixa de tempo a fim de fazer o bem aos outros, tanto quanto queiras, como julgues melhor, da maneira que te pareça mais justa e na extensão que desejas, para que, auxiliando aos outros, recebas dos outros mais amplo auxílio, no instante oportuno.

Segundo é fácil de observar, estás na Terra, de alma condicionada às leis de espaço e tempo, conforme o impositivo de auto-aperfeiçoamento, em que todos nos achamos, no mundo físico ou fora dele, mas sempre com vastas possibilidades de exercer o bem e estendê-lo aos semelhantes, porque melhorar-nos e elevar-nos, educar-nos e, sobretudo, servir, são sempre medidas preciosas, invariavelmente em nossas próprias mãos.

Ceifa de Luz – Francisco Cândido Xavier, Pelo Espírito Emmanuel

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